29.12.13

senão fosse só uma carta, seria Cacos para um vitral


Sabe Be, ainda tenho resistência em aceitar o que dói, não sei explicar muito bem o que acontece. É uma dificuldade gigante em colocar pra fora, na verdade, não quero sentir.
Ao mesmo tempo, descobri que é bem nessa fase de 'buraco' que a gente mais cresce. Me apóio nessa ideia e acho que isso é que me empurra pra fora. É meio que uma forma de crescer amarrada...bem sei.

Ainda estou no processo de sair do buraco. Ainda não sai, estou sentada na borda olhando para dentro. Estou me reinventando ou me esculpindo, acho que é a melhor definição do momento.
E nessa 'arte' apareceu uma mulher mais humana, um pouco estilhaçada. Tem uma parte de mim indo embora, ou não, estou dando de cara com a mulher que sempre fui

Mas penso que a vida é desse jeitinho mesmo e a gente sempre encontra uma forma de arrumar os pensamentos pra depois desarrumar e arrumar de novo até ficar melhorzinho.
Eu tenho uma certeza no meio disso, preciso abrir a janela e sorrir... pode ser pro céu, pro bem te vi que resolve aparecer vez por outra no que jardim. Parece bobo mas não é. É minha forma de agradecer.

Senti um pouco de medo desse novo ano, mas estou sendo forte ao ponto de achar que estarei mais madura para quais sejam os planos para minha vida, e vou lá de novo e mais uma vez remar meu barco sozinha como sempre fui e ser feliz na frente dele de novo e de novo e de novo...

Sim, somos filhas das oscilações, das marés, dos sorrisos, do sol, da lua, estrela e todos esses amigos que não consigo chamar de astros, porque são íntimos e tão próximos de quem vive tão fora daqui. Não me encaixo. Só transbordo. Tenho um amigo que diz, toda vez que fujo e apareço como nessas fases de agora: - Oi Van, tudo bem? Como estava em Marte?...Ainda bem que alguns ainda me sabem por lá, como você, como minha irmã.

Mas o que eu quero te falar é que sou melhor e o que estou vai passar... já está passando.

Sempre penso no teu pai nessa época (e como você estará por conta disso). Deve ter sido confortante encontrá-lo em desdobramento. E vamos falar uma coisa, que sortudo! Deve ter sido um homem bom, pois, não precisar reencarnar aqui, é uma dádiva! Sem dúvida um espírito maravilhoso, de muita luz.

Enfim, só tenho a agradcer, assim como me lembrou, tenho uma família maravilhosa, muita força e fé na vida, tenho que aproveitar! Sei que para mim é tempo de mudanças, adaptações e conhecimento. Sou grata a isso. E muito mais por ter você próxima, isso me fortalece e fico feliz em ter uma amiga que ainda pensa em balões comigo.
 
Não me perca não te perco

 .

4 comentários:

  1. Que texto lindo!
    Muito bonito...
    http://depernasproalto.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Então, só uma observação, seu blog é lindo.

    ResponderExcluir
  3. E como a gente faz pra se encaixar, sendo assim, filhas de Marte, ( que amigo adorável este seu... amei o jeito dele te saudar nas ausências),
    Vanessa, Vanessa, se eu pudesse estar aí, ou fazer coisa tipo de
    vó, sabe?, sempre lembro de vó nessas horas de inadequação, de buracos, e dores, e dúvidas e tudo isso,
    um bolinho saído do forno, chá de ervas, colo, a sala colorida de lembrañças, aquele cheirinho de po´de arroz e água de colônia, ah! saudades....
    mas querida,
    NÃO TENHA MEDO DE NADA,

    não tenha medo de nada. A gente é capaz de passar por tudo. É só o segundo de passar, um por vez, e assim vai passando, seja oque fôr.
    Quando penso em tudo que me apavora, e Van, TUDO ME APAVORA, eu penso, _ ok, respira e vai, vai indo... ,

    às vezes, vendo alguma das milhares de matérias que mostram as dores deste mundo, eu sinto tanta dor, sinto tanto, mas tanto pelo fato do ser humano ter que estar exposto à tantas coisas, todas doídas,

    daonde realmente temos razão,
    que sorte teve o meu pai por não precisar voltar, viver é lindo, tem um milhão de coisas bonitas, mas, quando junto à alma vem acoplado um super sensibilizador, tipo nós temos, é dureza, e uma vez já tá bom mesmo.

    Van, voltando a coisa de vovó,
    ah! maninha, pudesse eu fazer alguma coisa. Penso em te ligar, mas penso que as palavras objetivamente, não traduzem, né? Até limitam...
    A gente sempre se comunicou além disso. Mas se quiser falar, me manda um sinal, eu te ligo, ok?

    O que não deve ser surpresa é
    eu te contar que estava a pensar em cacos de vitrais, caleidoscópios, e tais, te juro, para falar sobre isso no post de Natal lá da Maria filó,
    quando vi o título da tua carta, sorri dentro dum respirar de alívio, e pensei:
    não estou sozinha.

    E você também não está.
    Tem todo mundo, todos da sua vida, tem a mim,
    e existem os seres, nossso professores, mestres,
    nossos intergala´ticos amigos que não nos deixam
    sozinhas.

    Eu acredito.
    E você?

    Van, eu posso fazer alguma coisa?

    Tua irmã que te adora,

    Be

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Be, você sempre faz tudo que me deixa melhor e tudo com o coração.

      Como é bom saber da nossa sintonia.

      Não se preocupe, estou cada vez melhor. Tenho conversado muito com meu anjo e acho que essa energia de final de ano tem mudado as coisas aqui dentro.

      Essa coisa de vó me deixa tão feliz, adoro esses mimos também., você sabe...

      Logo vou pro mar e como você sabe, é lá que nascemos de novo!
      Isto é, voltarei melhor.

      Sobre meu amigo, ele é companheiro de outras vidas também e sabe de mim mais do que eu!

      Be, um dia vou te visitar, vamos nos divertir muito juntas ainda.

      Se cuida, mana do coração.

      Sempre sua irmã,

      Van

      .

      Excluir